segunda-feira, 21 de julho de 2014

Um dia acordamos e encontramos o encanto...

Então veria e sentia exactamente a cor e o sabor que terias antes de fechar os olhos.
Só desejava adormecer no calor da tua boca e abandonar-me no teu lado mental e emocional. Descobrir enquanto conversava contigo que eram conversas que se elevavam ao sabor do vento, que se espalhavam durante a noite pelos os cantos da cidade, esta, construída pelo o nosso olhar. Quando de repente neste belo encontro de corpos e palavras algo acontecia. Algo explodia! Era uma explosão de memórias. As memórias do primeiro encontro. Pois havia um antes e um depois de te encontrar...
A minha vida naquele instante não girava em torno de mais nada a não ser de nós.
Queria recolher todas as sensações do momento e muitas vezes até as guardava sem dar por isso.
Olhava-te com atenção e pormenor tentando entender os teus gestos e expressões.
Queria-te nu e livre. Desocupado de amor, aberto à paixão e ao prazer dos sentidos.
Só pensava em roubar-te um detalhe ou outro, como se te arrancasse uma risca de tinta negra que trazes cravada nas costas, ou até mesmo tu me pintasses o corpo com o teu olhar doce...
E tudo isso nos mudasse e transformasse num quarto de hotel ou até mesmo numa sala.
Penso agora naquela noite de sábado. E tenho a certeza de que pelo menos uma vez na vida tivemos a sorte do nosso lado em encontrarmos o que sempre procurámos. Nunca pensei que ter-te encontrado naquela noite quente seria a coisa mais importante que me aconteceu até aquele momento.
O amor é sempre como espero, intenso e cúmplice como quando me abraçaste pela primeira vez.
Um dia acordamos e encontramos o encanto...