terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

mas é essa a magia da vida não é ?





« não há muito a dizer
sobre isso
as coisas são como são
podemos conspirar e teorizar sobre tudo o que desconhecemos
mas nunca vai passar disso
de algo que simplesmente não conhecemos »

« é como andar num quarto escuro
com a certeza de haver um interruptor »

« está tudo na nossa mente
ela é talvez a maior força que a gente tem »

« se alimentarmos essa ideia
de haver um interruptor nesse quarto escuro
torna-se a nossa maior verdade
a nossa maior certeza.
e vamos viver atrás disso, respirar isso. »

« e vamos esquecer completamente de que poderá haver uma porta »
« nós somos os limitadores »

« é tudo lindo
tudo complicado
tudo inexplicável
tudo como é »

« é tudo intenso
seja o que for
tudo se sente »

« acaba sempre por ser como o amor
há algo em nós que tem a certeza
do que ele é
mas nunca nos podemos deixar levar por algo que pensamos ter a certeza
eu concordo que nos devemos entregar
porque não temos nada a perder
nas situações que acharmos mais propícias para a nossa humilde entrega »

« só a entrega nos faz sentir
e a entrega passa precisamente pelo o amor
não necessariamente a uma pessoa
a tudo o que nos rodeia »

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

« Get all you deserve »


quando temos quem toma conta de nós e nos oferece este mundo e o outro em troca de um sorriso.
de quem simplesmente deixa a tocar " Get all you deserve " do Steven Wilson enquanto a sobremesa doce nos invade a boca. 
em que só o título diz tudo dentro de tão pouco.
são momentos como estes que nos fazem esquecer as feridas que trazemos escondidas.
são amigos como estes que nos fazem sentir que nem tudo está perdido.
e se existe caminho para a cura, sem dúvida que é este.


para não me esquecer disto, os ímanes do frigorífico.
obrigada!! :))) ****

chegou o que mais tem de perfeição intemporal.


Keaton Henson
 " Birthdays "
2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Querem facturas ?!!



NIF 177142430 – Passos Coelho

NIF: 125507410 – Aníbal Cavaco Silva

NIF 120528223 – Vítor Gaspar

NIF 158792793 – Miguel Relvas

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

neste momento da janela vejo a ponte sobre o rio.


Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

Carlos Drummond de Andrade



(antigamente só via carros, carros, casas e mais casas!)


« se os sonhos seguram o mundo... »



um sonho como a fotografia com certeza segurou o dela.
que descoberta maravilhosa!!!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

a cada pequena ausência.

eram nove da manhã.
ela sai de casa vestindo a mesma roupa.
está esgotada. a alma pesa-lhe. 
mas o sol lá fora brinda. aquecendo-a.

defendendo-a assim do mais pequeno golpe.
avança por esta e por aquela rua.
sem urgência para chegar, sem pressa de voltar.
o tempo não pára. ela continua.

observa a multidão harmoniosamente. com tristeza.
entra nesta e naquela casa.
palavras loucas querem sair-lhe da boca.
mas não diz. 

espreita por entre as paredes frias e vazias.
traz com ela mais uma angústia.
só lhe apetece sentar naquele banco de jardim.
abrir um livro e saboreá-lo até ao fim.

desorientada. outra vez.
certezas não tem nenhumas.
não pensa no fim do dia.
não pensa se sim.

trabalha para hoje.
abandona-se ao mundo que lhe resta.
defende-se no que pode.
é um dia a mais ou a menos neste delírio em festa.

com os olhos na mãos.
com o coração aos pés.
em que só os pulmões a deixam dobrar mais uma esquina.
como de repente o tempo se desfez.






domingo, 17 de fevereiro de 2013

na troca dos dias.

sopraram-me com tal força que fui arrastada, como se de um cometa se tratasse.
na cabeça o ritmo do pavor.
o coração enquanto isso, era devorado pela perda.
a lesão já tinha um nome.
era o que sustentava todas as coisas do mundo.
o olhar de quem me via tremia: assustava.
preferi nem me olhar ao espelho.
são em si a mesma lente.
na cabeça o ritmo do pavor.
o coração, enquanto isso era devorado pela perda.
de tão agudo que era já penetrava na carne roubando todo o espaço, sugando tudo o que restava. nem as poucas lágrimas purificaram e amenizaram o ritmo do pavor. é assim que os bons gestos se alumiam e trazem consigo o silêncio do sossego. como se dançassem livremente e em cada passo dado, em cada toque... espalhavam assim a sua tranquilidade. essa que vinha embrulhada na esperança. 
a grande consoladora. só de a pronunciar já sinto na cabeça o ritmo da coragem. 
o coração enquanto isso, é sobrecarregado pela vitória. 


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

não quero morrer sem deixar marcas

como também não quero morrer sem as levar.

poço sem fundo.

recear a verdade, e tudo o que está diante dela. 
sensações caracterizadas por marcas profundas submetem-se a interpretações. 
um olhar sentido permanece na dificuldade de sentir ou perceber o seu verdadeiro significado.
sujeita a desordem de qualquer sentimento puro, seja ele persistente ou passageiro. é o vinculo da verdade. o meu pensamento reside no real da mentira e ao mesmo tempo no imaginário verdadeiro. 
gosto de falar da verdade sem receio e em tudo o que está diante dela. embora prefira sentir o quimérico da existência de modo a que erro por culpa própria, devido a interpretações deste vasto poço sem fundo. por vezes muito complexo e desmedidamente apaixonado. é um caminho sujeito a confusões e a questões constantes. será para sempre este o atalho do meu longo caminho ao temer que me abafem e me roubem esta vida temporária. nasci e vivo do prazer sentido.
e o que não dá prazer não dá proveito já dizia Shakespeare. 

Berlim com amor!

« eles vão envelhecer juntos... ou talvez não»

   
    Before Sunrise, 1995