sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

acaba daqui a dois dias...

porquê que quando chega o fim do ano, a preocupação da maioria das pessoas é como vai ser o próximo? 
e só falam em planos para o futuro do ano que vem e no que querem comprar de novo.
no que pensam realizar de futuro.
mas e a crise? 
e como vai ser se o país afundar. 
e é o fim do mundo. 
e temos que poupar.
ahhh, ou então.. até se costuma dizer " este ano que vem vou mesmo atinar, vou estudar, procurar emprego a sério, não posso adiar mais. o tempo passa e nada se faz ". 
isto mais parece um tipo de imposição mental no que vai ser e tem de ser feito no final de cada ano, e muitas das vezes é dito da boca para fora. 
não é o mais importante. 
o mais importante passa-nos ao lado.
é daquelas coisas do tipo " ano novo, vida nova ". 
nunca cheguei bem a perceber este dito.
ou a quê que realmente se querem referir.

então e este ano que passou? 
onde fica no meio disto tudo? 
o que já realizaste, sentiste e fizeste?


a quantidade de pessoas maravilhosas que conheceste.
os momentos passados a dois, a três, a quatro...
aqueles que raramente se repetem e ficam sempre na memória.
as idas aos locais que planeaste ou que por tanto lutaste e finalmente conseguiste.
os beijos e abraços que tanto deste cheios de carinho.
as noites a dançar até doer as pernas.
os livros que leste com alma.
a música que ouviste e que te inspirou.
as práticas e vivências envolvidas em salas de chão azul.
as noites dormidas depois de dias exaustivos de trabalho.
os fins de tarde passados na praia sem compromissos até adormecer.
as fotografias tiradas sempre ao virar da esquina, a todo o momento, a toda a hora..
para quando te apetecer recordar e partilhar.
as lágrimas que deitaste ao sentir saudades. 
os sorrisos vindos de dentro a cada instante de alegria.
os olhares profundos de quem te rodeia.
a mão que te deram em momentos menos bons como sinal de força e amizade.
o nervosismo por uma avaliação qualquer.
o que aprendeste de novo.
os concertos a que assististes que te fizeram ferver o coração de tanta euforia.
os reencontros inesperados com alguém de quem gostamos muito e nunca esquecemos.
os restaurantes, cafés, jardins, museus, bares, praças, praias, ruas, casas...
todos esses cantinhos espalhados pelo o mundo onde deixaste um pouquinho de ti, alguns minutos, horas, dias da tua vida. do teu ser. da tua energia.
os momentos com a família que são raros, mas que sabem sempre bem. 
estaremos lá para sentir o prazer de os ver e sermos vistos.
e viver o que realmente nos foi dado e pertence.

e este foi o meu ano.

que este 2012 mantenha tudo o conquistei. 

é só isso que espero. 

até já novo ano!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

longe mas ao mesmo tempo perto

chego a conclusão que a distancia é só física.

e de quem gosto... 
já eu estou farta de saber!


o essencial é invisível aos olhos.

sábado, 24 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

e se chove?

disse-te várias vezes que quando chovia me fazia lembrar de ti.
mas na verdade ultimamente não tem chovido. 
o sol decidiu apoderar-se dos dias. 
pensei para mim... vai ser um inverno difícil este.
enganei-me. 
o tempo não importa. não muda nada. a saudade é a mesma.

acabo sempre por me lembrar de ti.
e pergunto a mim mesma, se estás bem aí no teu cantinho.

A.L

a pele que há em mim



Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu

E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu

Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.

Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou

Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei, p’ra lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
P’ra voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber…

Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada,
O meu barco vazio na madrugada
Vou-te deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz quando enfim se cala


Márcia & JP Simões

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

aqui fica o meu conselho para este Natal


...menos compras, mais amor!!!

Feliz Natal a todos! :)

almas perdidas

by: Ana Luz

a vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente. é uma viagem do espírito através da matéria, e, como é o espírito que viaja, é nele que se vive. há, por isso, almas contemplativas que têm vivido mais intensa, mais extensa, mais tumulturiamente do que as outras que têm vivido externas. o resultado é tudo. o que se sentiu foi o que se viveu.


o livro do dessassossego
Fernando Pessoa

obrigada...

pelas palavras,
pelo carinho,
pela amizade sincera,
pelo chá que certamente me irá aquecer neste inverno,
pelos filmes franceses, espanhóis e arredores que me vão fazer colar ao ecrã até arder os olhos,
pela música que vai servir de inspiração em qualquer momento,
pelos aromas de baunilha para colocar no carro, aliás já lá estão (adoro) e estava mesmo a precisar,
pelo maravilhoso bolo de fruta que adoçou as bocas da malta cá de casa, 
na verdade, obrigado pela pessoa que és!


by: Ana Luz

foi a melhor prenda de Natal que alguma vez poderia ter recebido! 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

cada um com o seu espaço

by: Ana Luz


e será assim estes dias que se seguem...
o olhar é como quem diz: 
- quero-te longe... mas ao mesmo tempo perto!!


sábado, 17 de dezembro de 2011

o que se ouve num sábado.




tem que haver um começo para tudo.

Estilos de Liderança | Aprenda com os maestros | TED | Kairos Treinamentos



olhe.
acredite.
sinta.
faça.
tolere.
ensine.
aprenda.
sorria.
toque.
agradeça.

perto de ti é diferente


@Breyner 85.








«The blues Against youth»





by: Ana Luz



não podes contrariar as tuas vontades. 
os teus prazeres. os teus desejos.
quando o teu corpo pede é porque precisa, faz-lhe falta. da-lhe!
só assim alimenta também a tua mente.
sem condicionamentos, sem regras, sem pressões, sem obrigações.
temos que ser livres nas opções que tomamos. senti-las verdadeiramente.
fará brotar sorrisos sinceros cheios de vontade. vindos de dentro. como um "obrigado".
o corpo e a mente agradecem pelo o bem que lhe fazes. 
o valor das pessoas não está no que elas consomem ou da maneira que o fazem.
está no seu âmago, no seu interior, nas atitudes, nos gestos, nos toques, nas palavras, nos abraços carregados de força.
e sobretudo na capacidade mais pura de amar.

viver não é só respirar! 
assim serás feliz!!

A.L


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Se tudo na vida tem um começo e um fim, porquê deixar as coisas a meio? 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

são só 6km que nos separam!

Foi preciso vir a Valongo para comprar umas botas a 10euros!!!!

melancholia de Lars Von Trier


não há alivio nem segurança possíveis
 na família, 
no amor, 
na cultura, 
na arte, 
no dinheiro,
 na infância.
para piorar, estamos sós no imenso Universo.
e ainda assim não vamos durar muito

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

não há palavras


chego a casa exausta.
depois de um dia inteiro de trabalho.
e continuas a correr para a porta a miar compulsivamente.
Enquanto a tento abrir, sinto-te do outro lado num alvoroço alegre que só de te ouvir já me descansa o espírito.
CHEGOU!! mias e pensas tu!
é incrível como todos os dias o mesmo ritual se repete com a mesma intensidade.

e agora aqui estás tu, sempre do meu lado, a dormir sobre as minhas pernas no teu mundo felino.

pergunto-me, que será de mim sem ti.
sem essa espera constante, sem as "lambidelas" ásperas de bom dia quando o despertador toca, sem o teu olhar mágico cada vez que cruza o meu aquecendo-me o coração.

kika

by: Ana Luz

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

apanhei-te!

by: Ana luz

Cada idade por ser encantadora, desde que você viva dentro dela.


Brigitte Bardot

já sinto o cansaço

o horário é sempre o mesmo.
Chamam-lhe de rotativo.
quando na prática ocupam-me só as noites.
por esta altura é o caos.
não há pachorra.
é tanta a desarrumação a minha volta,
que já dou por mim desarrumada mentalmente.
toca o telefone umas cem vezes,
chama-me do outro lado,
pedem-me ajuda com o material..

chiça!

ah, ainda para mais nunca saímos a horas certas.
quando podia estar sempre pertinho de vocês!




como espero esses dias chegarem...

foste o primeiro a saber

by: Edgar

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

" Quando perderes pela grandeza ainda te resta ganhar pela simplicidade "


DeRose

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sentimento de baloiço, vai e volta...

                                     by: Ana Luz                                
 teatro campo alegre


Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

eram 13:30

quando a hora de almoço, para passar o tempo caí no erro de ir a galeria de fotos do telemóvel.
já nem me lembrava que estavas lá guardado.
pensei em ti o dia todo.


senti uma enorme vontade de ir até aí...
a esse segundo andar.
entrar nessa casa possuída por um cheiro só teu.
sentir o calor dessa sala, e o expandir da luz a penetrar em todos os cantos.
nesse sofá azul.


passar pela cozinha, "roubar" doces que tens sempre no armário.
depois, seguir o aroma que vem do quarto, abraçar-te com força e embrulhar-me contigo entre os lençóis...
seria assim até amanhã.


esta foi, e é a imagem que projecto na minha mente, graças a essa desgraçada fotografia!


aii....




by: Ana Luz

domingo, 27 de novembro de 2011

na porta de um café marcam-se abraços!

by: Ana Luz


No entanto, só se a atitude interior, o pano de fundo a partir do qual nos relacionamos com os outros, for de lhes estender os braços e de os tocar, poderemos descobrir o valor da partilha.
Não são só as pessoas solitárias, infelizes, inseguras, que precisam ser abraçadas. Abraçar bem dá-nos saúde. Mas não se trata de abraços sociais, de conveniência, em que duas pessoas se tocam apenas por fora – portanto não se tocam -, nem de abraços de dois amantes apaixonados que um ao outro se agarram.
São abraços que acontecem porque saem cá de dentro sem que os travemos. Como expressão de um amor incondicional que nos habita – e de que não temos medo, porque o olhamos como algo que verdadeiramente nos liberta.
A intimidade que um abraço sincero oferece é a da compreensão. Da atenção. Da solidariedade. Da amizade que existe para lá da exaltação dos sentidos, apenas por ter a consistência daquilo que brota do fundo de nós mesmos e que se mantém quer faça sol quer chova.
Abraços são uma espécie de foguetes capazes de fazer despertar moribundos ou fazer levantar da cama preguiçosos. Explosões de vida. Há quem goste de os dar para reafirmar um vínculo de amizade ou qualquer outro sentimento. E são uma das melhores festas gratuitas a que toda a gente tem acesso. São abraços do fundo do coração, frequentes entre duas pessoas que, por nada pedirem uma à outra, de cada vez que se encontram recebem sempre muito – e apenas por isso são levadas a celebrá-lo.
Quando um coração se abre para outro coração, há quase sempre uma qualquer maravilha que pode acontecer. Ou, quanto mais não seja, uma sensação de paz possível, neste mundo cheio de guerras em que vivemos.

...para ti !

reflexão lida por aí

juntas outra vez...

by: Ana Luz




aqui e agora... 

recordar é viver! 


assaltada por visões









(...) Os seus pensamentos começaram a perturbá-la, os pequenos jogos que faz na sua mente sem o desejar, as súbitas e incontroláveis fugas para a escuridão. Por vezes, surgem-lhe de rompante - um impulso para pegar fogo à casa, para seduzir Alice, para roubar dinheiro do cofre da empresa - e depois, tão rapidamente como surgiram, definham e evaporam-se. 
Outras são mais constantes e têm um impacto mais duradouro. Mesmo o simples facto de sair surge cheio de riscos, pois há dias em que já não consegue olhar para as pessoas por quem passa na rua sem as despir mentalmente, sem lhes tirar as roupas que as cobrem com um puxão rápido e violento e depois examinar os seus corpos nus à medida que avançam. Estes desconhecidos, para ela, já não são pessoas, são simplesmente os corpos que lhes pertencem, estruturas de carne envolvendo ossos e tecidos e órgãos internos, e, com o pesado tráfego pedestre que circula na 7th Avenue, a avenida onde fica o seu escritório, depara todos os dias com centenas senão mesmo milhares de espécimes. Vê os volumosos e mal jeitosos seios de mulheres gordas, os minúsculos pénis de rapazinhos, os pêlos púbicos ainda incipientes de crianças com os filhos, o olho do cu de velhos, os genitais sem pêlos das meninas, coxas luxuriantes, coxas escanzeladas, nádegas amplas, pêlos no peito, umbigos metidos para dentro, mamilos invertidos, barrigas marcadas por operações ao apêndice e nascimentos por cesariana. Sente-se revoltada com estas imagens. assombrada com o facto da sua mente ser capaz de produzir tamanha porcaria, a partir do momento em que lhe ocorrem é incapaz de as fazer desaparecer (...) Não sabe como deter estas visões. Deixam-na exausta, sente-se miserável, mas os pensamentos loucos entram na sua cabeça como se tivessem sido plantados lá dentro por outra pessoa, e se bem que ela trave um duro combate para os suprimir, é uma batalha que nunca vence. (...)


SUNSET PARK
Paul Auster

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

pensamos muito e sentimos pouco



serás o próximo.

visita inesperada





by: Ana Luz

Fazia eu tal ideia que iria parar hoje ao hotel Intercontinental do Porto. 
Ver os cantos à casa digamos assim. Com direito a visita guiada e tudo. Bem, que luxo! Só aquele quarto de dois andares e escadas feitas de vidro.. magnífico. 
O pormenor de requinte em todo o lado, desde a passadeira onde pisamos, ao candeeiro que nos ilumina. 
Rendi-me aquela sala de estar ou bar, possuem tais cores quentes que só de olhar já nos aquecem numa noite fria como a de hoje. Envolvida em conversas e vivências, mas ao mesmo tempo não resistia em contemplar a cidade lá fora. Estava calma, serena, numa solidão intensa.
 Apenas o sinal de transito ao alterar a sua cor me despertava atenção.


Não me podia esquecer do delicioso cocktail de frutos vermelhos a acompanhar este bocadinho de noite.
Obrigada! 




terça-feira, 22 de novembro de 2011

fragmento 112

As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio ato em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois «amo-te» ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até,porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma."

" É de compreender que sobretudo nos cansamos. Viver é não pensar "



Bernardo Soares  in   Livro do desassossego 

sinto e pronto

" O coração, de pudesse pensar, pararia. "









segunda-feira, 21 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

obrigada

by: Mãe
:) 

e até já !

cada um com a sua missão

já era um senhor de idade, com um olhar perdido.
mas ele procurava algo.
ele tinha um objectivo.
de comprar.
mas o quê?
a quem? e como pedir ajuda?
o seu olhar discreto pedia humildemente que o socorressem, usando então as suas expressões faciais.
não chamou, não falou, simplesmente olhava, estudando atentamente quando seria o momento em que iriam ao seu auxilio.
seria a sua primeira vez sozinho nas compras? talvez, parecia tão sem rumo...
até que fui lá.
percebi pelo o olhar e expressão que nem ele próprio sabia o que estava ali a fazer.
mas tinha de estar, o lugar dele era ali naquele momento.
só depois de algum tempo de conversa é que entendi que a sua mulher precisava de roupa, estava doente, acamada, sem se poder mexer, e não podia de maneira nenhuma acompanha-lo naquela estranha missão.


sim...
no final agarrou-me as mãos e beijo-as com os olhos a brilharem de gratidão.
há dias assim, isto existe.
cada um com a sua missão.

sábado, 19 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Helmut Newton

 















The desire to discover, 
the desire to move,
 to capture the flavor,
 three concepts
 that describe
 the art of photography