sábado, 8 de novembro de 2014

Lucky Man*


Well, I'm a lucky man
With fire in my hands

Happiness
Something in my own place
I'm standing naked
Smiling, I feel no disgrace
With who I am
Happiness
Coming and going
I watch you look at me
Watch my fever growing
I know just where I am

But how many corners do I have to turn?
How many times do I have to learn?
All the love I have is in my mind?

I hope you understand
I hope you understand

Gotta love that'll never die

(...)

The Verve - Lucky Man

sábado, 18 de outubro de 2014

Saudações!



Há quem veja e leia isto todos os dias do café da frente.
É lá que entram mãos cheias de calos, cães abandonados à procura de um abrigo. Casais que vivem de dentro para fora tentando aquecer a alma com o melhor chá quente por lá oferecido.
Enquanto nesta terra houver uma mulher chamada Lola de cabelo preto com meias calçadas entre os chinelos, gatos que saltam dos contentores do lixo, folhas espalhadas pelo o vento e histórias como sonhos para contar...então aqui todo o tempo se tornará eterno.
Pois os sonhos não determinam o lugar onde vocês podem chegar, e o destino, esse, é inevitável.

Traz as pencas quando voltares*

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Praticar yôga a meio da vida ou em qualquer lugar é como receber um leque de sensações.

Quando comecei a praticar foi na tentativa de consertar alguma coisa que eu sentia que estava errada. Andava ansiosa , sem perceber o porquê e de onde vinha tal desassossego.
Digamos que para mim foi uma espécie de escape da minha realidade para o mundo.
E à medida que fui praticando, dia após dia fui sentindo um desabrochar interior.
A “arrumação” dentro de mim foi surgindo, o errado começou por se tornar certo e desde esse momento percebi que um novo caminho estava a chegar. Nele abriram-se portas, janelas, postigos e até gavetas...tornando sempre a procura numa constante vontade onde eu pudesse pousar a mente e o corpo.
Seja numa sala de aula, numa praia ou até mesmo num jardim perto de casa.
É poder parar, respirar e descobrir o que realmente se está a sentir naquele momento esquecendo todo o resto. Hoje levo comigo o yôga para todo o lado como parte importante da minha vida.

Ele é sem dúvida o meu tesouro mais precioso!

    Sintra                                                                         


     Edifício Axa, Porto

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

pela primeira vez

vaguear no concreto
não espero um palácio como nas histórias sem fim
apenas aguardo degraus entre paredes brancas
não quero reinos nem desejo preciosos diamantes
anseio um simples beijo
madrugadas que me tragam frescura
não sei se me iludo em fantasias
como a maioria das poesias
a existência tem outro sentido quando o coração apressa
divagar ao sabor das ondas do mar 
amor que vai e volta 
sabe bem renovar
como o próprio respirar 
e tudo o que somos se resume a um olhar
de sorrisos cúmplices deixados num altar
onde imagino segredos vindos de histórias por revelar
assim o tempo se arrasta no próprio tempo
cada hora emerge 
cada dia se aflora
sobram gestos de afecto
rasgam-se os beijos vindos da pele
esquecendo todas as fugas
e omitindo as dúvidas entre os ódios
só para chegar mais cedo 
para quem não consegue esperar
atravesso a vida 
subo as escadas sem promessas
e procuro-te onde haja sol
vou desenhar na tua alma a ternura
com paisagens e aromas quentes
escrever com os dedos que sim
até quando irá ser assim
uma eternidade sem fim...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Um dia acordamos e encontramos o encanto...

Então veria e sentia exactamente a cor e o sabor que terias antes de fechar os olhos.
Só desejava adormecer no calor da tua boca e abandonar-me no teu lado mental e emocional. Descobrir enquanto conversava contigo que eram conversas que se elevavam ao sabor do vento, que se espalhavam durante a noite pelos os cantos da cidade, esta, construída pelo o nosso olhar. Quando de repente neste belo encontro de corpos e palavras algo acontecia. Algo explodia! Era uma explosão de memórias. As memórias do primeiro encontro. Pois havia um antes e um depois de te encontrar...
A minha vida naquele instante não girava em torno de mais nada a não ser de nós.
Queria recolher todas as sensações do momento e muitas vezes até as guardava sem dar por isso.
Olhava-te com atenção e pormenor tentando entender os teus gestos e expressões.
Queria-te nu e livre. Desocupado de amor, aberto à paixão e ao prazer dos sentidos.
Só pensava em roubar-te um detalhe ou outro, como se te arrancasse uma risca de tinta negra que trazes cravada nas costas, ou até mesmo tu me pintasses o corpo com o teu olhar doce...
E tudo isso nos mudasse e transformasse num quarto de hotel ou até mesmo numa sala.
Penso agora naquela noite de sábado. E tenho a certeza de que pelo menos uma vez na vida tivemos a sorte do nosso lado em encontrarmos o que sempre procurámos. Nunca pensei que ter-te encontrado naquela noite quente seria a coisa mais importante que me aconteceu até aquele momento.
O amor é sempre como espero, intenso e cúmplice como quando me abraçaste pela primeira vez.
Um dia acordamos e encontramos o encanto...

sexta-feira, 28 de março de 2014

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O meu 14 de Fevereiro.

Esta capacidade de parar para pensar, é como um cessar para novamente ver.
A chegada de uma nova cena, embora o palco da vida seja sempre o mesmo. 
Pode até alterar a cor do pano, o aroma da sala e a sequência dos atos. 
Serão sempre longos estes momentos na nossa memória. Dizem que a idade é eterna. 
Só quando de repente entre a realidade e o sonho alcançamos estados de brilho é quando mergulhamos no nosso maior pátio interior. Surge então a grande mudança.
Vivemos agarrados à mente como uma lapa vive agarrada a uma rocha. Deixamos de caminhar e acreditar num mundo onde tudo pode ser inteiro. Sem separações dolorosas que mais tarde se erguem como terríveis fantasmas à procura de vingança na sua outra metade perdida. 
Quando era só fundir a alegria na tristeza. Penetrar o amor bem cravado no ódio, como se de um longo oceano se tratasse, este, sem fim e quase afogados numa onda breve que nos eleva e nos prende às estrelas sem saber onde começa ou termina o novo continente. 
A sensação de liberdade no corpo é um crime, pois é preciso estar em toda a parte sem conseguir estar em lugar nenhum. 
Seja lá o que for que isto signifique, é mais um estado passageiro, um estado explorador de quem encontrou a chama da sua agitação. 
A mente é um labirinto misterioso, quase místico. 
A alma, essa já é quem suporta as raízes que atravessa todo o corpo de uma ponta à outra. 
Creio que só um sonhador incapaz de se torturar consiga alcançar essa força para a qual não tenho nome pois só tenho esta capacidade de parar para pensar.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estou a ficar sem espaço para guardar os livros, o que me leva a um êxtase literário.


Trouxe este à dias comigo, estava tanto vento nessa tarde que me facilitou a escolha.
Ah! E confesso que também gostei do gato preto na capa.
Parece que ele é testemunha da vida de vários moradores de um prédio. 
(De um poeta, um judeu ortodoxo, um palestiniano, uma testemunha de Jeová e uma mulher agnóstica...) 
Vou então começar por bater a porta e ver o que se passa... 

rés-do-chão : " Chegado ao promontório onde a alma se despenha, o poeta contempla todas as cores do vento. Assim iluminado, voa. "

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

" Um livro aberto é um cérebro que fala " já dizia Voltaire...

Maravilhoso blog da Sandra Barão Nobre que em breve irá realizar um sonho lindo, dar a volta ao mundo em seis meses para fotografar gente que lê!! 
Aqui deixo a notícia que confirma.
http://www.porto24.pt/pessoas/portuense-vai-dar-volta-ao-mundo-de-maquina-fotografica-apontada/

Existem outros sonhos, mas este é o da Sandra. 
Mas que belo sonho!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A ideia de tempo

Começa após a sombria mudança entre uma dança e o cantar sem fim. Na vida a espera é um adormecer como um arder. É um sonhar entre insónias. Gargantas que se alimentam e consomem gritos e palavras doentes mas reais, chamadas de chamas eternas. São palavras que não esperam, que nos assaltam mesmo sem roubar. Palavras que nos ameaçam só de as ouvir falar.
Mas aonde está aquele tempo generoso? E onde mora o amor sublime? 
Só sabemos que nascem como amantes distantes e vivem como doces viajantes que por onde passam libertam das imagens e palavras o rosto vulgar dos dias.
E eis a verdadeira ideia de tempo, que só termina quando finalmente toda esta ilusão se der.