mal vi isto pensei

será que ela se aguenta até dia 5 de Julho no Sá da Bandeira ?! 
o Luís disse que ela parece a Amy Winehouse em versão velhinha. ahaha
o Jack White aos 15 anos tinha-a como Diva.
e o poster pregado na parede do quarto só veio confirmar a sua Pin-up da altura.
com isto, resta-me comprar o bilhete e deixar que o rock se faça mulher.
ou então espreitar em todos os cantos a ver se o vejo a ele, de branco.

a tensão que vai ser dia 15 no Alive

só para que saibam.

lentamente

dispo-me de incógnitas

descalço-me entre as barreiras

não me prendo na ilusão de um dia.

mas se hoje é a primeira vez

então deixo-me penetrar nos devaneios descobertos.

na mais profunda sensação de abrigo

num entranhado húmido e quente.

permaneço. assim.

do inexperiente ao sabor da entrega.

separo-me de tudo o que julgo saber

e rendo-me às alucinações e ao delírio aqui presente.

sombras e nódoas, sinto-me cansada.

fica comigo hoje.

amanhã e sempre.

8 minutos de prazer

antes de começar a trabalhar...

O Abominável

O vítor é vocalista de duas bandas. usa camisa de flanela aos quadrados brancos, pretos e vermelhos. deve ser a preferida. a escolhida entre tantas outras. eu não conheço o vítor. observo por vezes que utiliza fotografias enigmáticas de um forasteiro em descoberta dele mesmo e de tudo o que o envolve. talvez ele respire isso. o vítor transmite bonança no olhar, pureza na forma como fala e é humilde de gesto. o vítor sabe do que gosta. música. transmite pouco e ao mesmo tempo transmite muito. o vítor dá-me a conhecer a música. e hoje alimentou-me. eu não conheço o vítor. vi o vítor uma vez, e nunca foi em circunstâncias provocadas. nunca o vi a cantar à minha frente em tempo real. mas já vi o vítor sobre a relva. ele disse que a intensidade é  o grau que importa, pois só assim transmite o que sente verdadeiramente. o vítor pensou que o objectivo foi de apimentar quando honestamente acho que foi o de arrepiar. o vítor dá a conhecer o trabalho de tantos outros como ele. tem sempre uma palavra acrescentar de forma a “dilatar” e expandir o trabalho de alguém ali presente. isso é bonito e gratificante para quem o sente.  o vítor, acho eu que cria as próprias letras dando-lhes vida  e alma depois ao cantá-las. o vítor é assim aos meus olhos. 

quando penso nisto, Abominável. não consigo pensar em tais sinónimos como detestável, insuportável ou até mesmo odioso. 

mas isso sou eu.

o Afonso Cruz diz que

"... Se não existisse a cerveja, acredita, não existia livros nem bibliotecas porque o homem se tornou nómada graças ao "pão em estado líquido."

e acrescentou ainda,

" achamos que somos uma individualidade mas não. um girassol não é uma flor, são milhares de flores (...) é uma metáfora do que somos: temos milhares de cabeças"

que pena eu não conseguir engolir o jornal. pois vontade não me falta!

descobri que o S.João com vocês tem outro sabor

dancei lá no bailarico,

e martelei tanto, mas tanto nos policias. :)

olhem só quem cá vem dia 12 de Julho à Casa da Música.

isto é que vai ser um dissipar de mensagens de amor por toda aquela sala. por todo o Porto e arredores. ai que é tão bom só de pensar.
e achava eu que não iria conseguir ver estes gajos tão cedo... 
a primeira vez que me mostraram tal beleza estava eu sentada numa cadeira de um "escritório" algures numa casa. arrepiei-me logo da primeira vez. como me irei arrepiar dia 12. e como me arrepio de todas as vezes que ouço. 

só me apetece ouvir Tom Waits

e empanturrar-me de doces.
esquecer que amanhã é dia. 
deixar os chinelos onde calhar. 
não arrumar a loiça do jantar.
acender o incenso para dar cheirinho à casa.
dizer vezes sem conta aos gatos que os amo.
deixar-me estar com a t-shirt do primavera até ter que me despir.
ouvir Tom waits até a dormir...

logo já temos programa

chegou agora mesmo das mãos do pai...

obrigada! <3

o que me ficou no ouvido hoje

que bom que voltaste!

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer

"ensinas-me a fazer tantas perguntas

na volta das respostas que eu trazia

quantas promessas eu faria

se as cumprisse todas juntas"

JP Simões

a isto sim chamo " inquietação "

finalmente hoje vou ver o JP Simões. se ele soubesse a complicação que foi para conseguir só um lugar numa mesa em frente a ele... 
o que me disse a senhora que estava à entrada do espaço onde vai decorrer o concerto, foi que primeiro não vendiam bilhetes e que tinha que falar com um colega encarregado pelas reservas. pediu que aguardasse. tudo bem, esperei. alguns minutos depois diz-me ela assim, " olhe, faça de conta que não lhe disse nada. mas o meu colega não atende o telemóvel. vá até ali ao bar e pergunte, como quem não quer a coisa, que está interessada em amanhã vir assistir ao concerto e se ainda há reservas. pisca-me o olho." com isto só pensava, se me mandam novamente ter com ela e não me simplificam a coisa. passo-me! lá me dirigi ao funcionário com a maior cara de admiração e interesse possível em como adquirir aquele lugar, algures numa mesa. diz-me ele, " pois olhe, não sei se está tudo ocupado. mas faça o seguinte, mando um email para nós a reservar mesa e logo receberá resposta. " interroguei-o vezes sem fim até me assegurarem aquele maldito lugar. acho que ele percebeu o meu insistir inseguro quando me olhou nos olhos e disse, "se não conseguir lugar na mesa por já não haver reservas, não se preocupe. vem uma hora mais cedo e consegue lugar. nem que seja num cantinho. " 
mandei email. fiz reserva (onde me confirmam mesa) mas mesmo assim, vou para lá uma hora mais cedo. com esta gente toda doida lá, nunca se sabe. até estou com medo de consumir seja o que for. 

" é tão fácil para o outro ver claramente no pântano "

Henry,


" Esta noite sinto que não importa o que expus ao mundo, porque revelo um eu que ninguém conhece. todas as sensações que tive em certos momentos contra expor-te empalidecem agora quando compreendo a natureza do retrato. e, se tu sentires isto, então está certo. (...) de que serve conhecer-te, como eu conheço, henry, conhecer-te tão profundamente, se não posso revelar-te melhor, mais maravilhosamente, mais completamente (...) esta noite estou em chamas. lamento ter transportado até a ti a minha disposição perturbada. não gosto de fazer isso, mas foste tu que provocaste.

Anais

ao abrir o email hoje

" A língua é a chave para o coração de um povo. Se perdermos a chave, perdermos o povo.

Se guardarmos a chave em lugar seguro, como um tesouro, abriremos as portas para riquezas incalculáveis, riquezas que jamais poderiam ser imaginadas do outro lado da porta. "

Eva Engholm, 1965

Obrigada Liliana !! :D

sábado vejo-te pela tertúlia castelense

assim a caminho de casa venho eu embalada na tua voz! :)

afinal a primavera ainda se estendeu pelo Hard Club

apesar de todo o cansaço sentido nas pernas depois de 3 dias consecutivos de saltos, gritos e música não podia deixar de ir ver este maravilhoso grupo ao Hard Club. e digo-vos, tive obrigatoriamente que voltar a dançar. :) esquecendo assim o esgotamento. aliás, por mim seriam sempre assim todos os domingos. era bem mais feliz, e só de pensar que ainda há tanto para ver.


como disse o meu pai estes dias,


" Ana, a vida não é só rock! " \m/
 ( tapo os ouvidos, sem ele perceber). :p

o desfecho do Primavera no Parque.

fecho os olhos, pois aqui sim. vi lágrimas em tantos rostos...
a noite abraçou-nos com isto. as mãos agarraram outras. os seres apaixonados beijam-se intensamente. os olhares cruzam entre tantos mais. os sorrisos rasgam toda aquela alegria sentida e sincera. a vontade é tanta de permanecer neste embalar nocturno. entre árvores, o céu, a relva, o calor humano. sem nunca querer que termine tal momento. fecho os olho e ouço mais uma vez, e outra. só mais uma.

nada se perde, tudo se transforma.

o meu Optimus Primavera Sound 2012 \O/

somos roubados mesmo em frente aos nossos olhos

diz-me o meu pai indignado que foi roubado no Pingo Doce. isto é, o peso real não coincidiu com o peso por eles apresentado. com isto leva-me a pensar na quantidade de pessoas que são roubadas da mesma forma todos os dias. sem querer pensar no dinheiro "extra" que para eles vão. enfim. este país cai aos poucos arrastando com eles tudo o que mais conseguirem. 

quem diria que vos ia ter a todos perto de casa

Optimus Primavera sound 2012*

 ao que parece a coisa está-se a dar aos poucos, e na verdade ainda nem consegui passar lá perto para ver. a todo o momento me perguntam em que dias vou. ao qual respondo todos os dias. pois comprei o passe. a cara de espanto das pessoas ao realçarem este dito " mas é tão caro e ainda por cima a bjork e os explosions in the sky não vão". caro???! não gastassem dinheiro no que não importa. é mesmo nesses instantes que penso para mim. bolas, mas afinal o festival é deles?! injectam-nos com mais de 30 bandas entre as quais metade são para lá de boas. oportunidades aqui já ao lado e ainda por cima torcem o nariz. ou usam a desculpa da crise. honestamente não entendo este povo que se diz amante de música alternativa. também pouco me importa, o meu passe encontra-se guardado desde Janeiro no meu cofre. (a agenda do valter hugo mãe). sem pó entre palavras de conforto e segurança. lá para quinta feira de manhã pego nele com todo o êxtase matinal possível que encontrar. fecho os olhos e digo vamos a isto. quem ficar ficou. pouco me importa. mas depois não se venham queixar. \m/

e se eu vos disser que estive o dia todo a pensar nisto?

finalmente em casa.

Serralves em festa

dia 1

dia 2

 mas o melhor disto tudo foi a lua cheia sobre nós. 

opá, olhem-me só para isto!

:)

eu, inês e mia

quem termina, tudo começa.

                                         by: Ana luz


mas é quando as saudades ficam. 
obrigada por tornarem as minhas quartas e quintas-feiras de Maio inesquecíveis.

e assim começou para mim ontem a feira do livro

by: Ana luz

não há quem resista a isto. 

ainda por cima ontem estavam uns 30 graus à noite nos Aliados! 

perguntei quando era a " hora H ". disseram-me que só lá para segunda-feira.

pois bem, ainda tenho uns quantos para comprar.

Henry,

"Não tive a intenção de o incendiar ontem.. encontrava-me deitada como num sonho... e tão liquefeita que não fui capaz de o ouvir erguer-se.. prendi-me a um prolongamento desse momento. Agora, quando penso nisso, sinto uma espécie de dor por tê-lo incendiado. diga que me perdoa.. foi inconsciente da minha parte.

Não posso escrever-lhe, Henry, apesar de ter estado acordada a noite passada a falar-lhe - toda a noite - sobre aquele homem de descobri ontem... O homem que pressenti com os meus sentimentos à primeira vista... todas as montanhas de palavras, escritores, citações se desfizeram.. só agora conheço o esplendor, o ofuscante esplendor do seu quarto... e aquele momento irreal.. como é que um momento poder ser simultaneamente tão irreal e tão quente.... tão quente. "

Anais Nin & Henry Miller

Cartas de Amor