domingo, 17 de fevereiro de 2013

na troca dos dias.

sopraram-me com tal força que fui arrastada, como se de um cometa se tratasse.
na cabeça o ritmo do pavor.
o coração enquanto isso, era devorado pela perda.
a lesão já tinha um nome.
era o que sustentava todas as coisas do mundo.
o olhar de quem me via tremia: assustava.
preferi nem me olhar ao espelho.
são em si a mesma lente.
na cabeça o ritmo do pavor.
o coração, enquanto isso era devorado pela perda.
de tão agudo que era já penetrava na carne roubando todo o espaço, sugando tudo o que restava. nem as poucas lágrimas purificaram e amenizaram o ritmo do pavor. é assim que os bons gestos se alumiam e trazem consigo o silêncio do sossego. como se dançassem livremente e em cada passo dado, em cada toque... espalhavam assim a sua tranquilidade. essa que vinha embrulhada na esperança. 
a grande consoladora. só de a pronunciar já sinto na cabeça o ritmo da coragem. 
o coração enquanto isso, é sobrecarregado pela vitória. 


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