às vezes dou por mim a pensar se tivesse realmente ficado aí
colada a esse teu chão. agarrada a todos esses cantos cheios de história. presa
como sombra nas tuas paredes. sem qualquer prazo para terminar. os aromas já
não cheiram como antigamente, a novo e fresco de todas as vezes que me deixava
entrar em ti. encerrei por completo essa temporada aí passada na tua estranha
mente. fechei tudo à chave. lacrei e ainda
quis usar cadeado. o natural com o passar do tempo é de acumular pó. mas só vou permitir que o aglomerar
seja de vivências boas, sem deixar deteriorar. vou também conservar apenas na
memória os momentos raros em que fechei os olhos enquanto dançava ao som da tua
voz. da suavidade dos teus beijos
sugando o que me restava em cada poro, fazendo-o transpirar de afeto verdadeiro e divino.
não há melhor embalar se não o teu.
às vezes dou por mim a pensar que ainda tenho o teu cheiro em mim.
Este era um daqueles textos que gostava de ter sido eu a escrever. Muito Bom!
ResponderEliminarEssas boas recordações de que falas estão sempre vivas e são mesmo as únicas que guardo e que lhes tiro o pó.
Ás vezes provocam um ataque tão grande de saudades quase insuportáveis...
isto tudo porque hoje me cruzei com uma pessoa com o mesmo perfume...e mal ela soube o que me fez sentir naqueles dez minutos em fila de espera. ;)
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