do que me agita pelo receio ou incerteza
julgo saber de mim quando adormeço
procuro encontrar um destino nas mais profundas memórias
mas que inferno.
sinto o corpo a distender como se tivesse uma corda ao pescoço
e nisto eu só penso « tu hás-de ser o meu amor na terra »
acordo dorida deixando fazer-se notar as marcas no corpo
o cabelo cresceu no entretanto
as mãos envelheceram
os olhos perderam todo o brilho
o vulto vira líquido
é o ferimento
de longas noites que se passaram.
que sejam esquecidas as lutas diárias
na busca da sobrevivência por mais um dia
a paixão que me venha envolver durante esta noite
o recomeço nascerá jovem.
desse generoso gesto que me leva o desassossego
arrancando toda a roupa que me resta
roubando toda a dor por ela absorvida.
faz deste momento e lugar o melhor que conseguires.
Muito bom.
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