No decorrer do sono senti a tua existência.
Atravessaste o quarto vazio e sem querer tropeçaste num dos livros que deixei ontem no chão.
Aproximaste-te sobre passos delicados, foi quando o teu corpo se desfez totalmente no meu.
Se foi delírio ou não, deixei-me ficar imóvel num estado dócil de amor.
Descolei as mãos do corpo e toquei-te enquanto a tua voz me fazia estremecer.
Reparei que me trazias o "sol" e a felicidade como um descanso nos braços, eram girassóis.
Nos teus olhos encontrei a dimensão do meu sonho. É quando me rendo a todo esse inicio de forma a gerar uma introdução onde toda a emoção e sentimento se podem desordenar mutuamente.
Ofereço-te o que neste instante há em mim, um cabelo desarranjado de horas e dias de paixão. Estendo-te sobre a cama e cubro-te com todas as palavras e sentidos que me restam como sinais que guardei. Escuto a tua respiração como um acerto de tempo que nos faltou.
A clareza destes gestos trata-se de um perdurar nocturno que nos devora sem pedir.
São como sonhos que trazemos entre o silêncio e a melancolia de lugares e espaços por surgir. Não precisamos sequer de olhar o mundo, basta permanecer nesta escuridão onde só os últimos raios que nos restam no olhar se cruzem como promessa de outro encontro.
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