domingo, 9 de dezembro de 2012

O sorriso do Manuel.


o momento de hoje.
é incrível como sem pedirmos nos aparece uma pessoa assim, que se senta no mesmo chão que nós  e começa por partilhar a sua sabedoria trazendo as suas vivências de arrasto. penetrou o olhar de cada um e também nos baptizou. ali mesmo. recitou  poemas como pássaros a cantar. sorriu sentidamente levando a mão ao de leve a tocar no centro do peito como forma de agradecimento por aquele humilde e inocente momento. quem sabe um único em tanto tempo. ele confessou que o som das palmas o fazia feliz e sentiu que o ouvíamos com especial atenção e vontade. falava a sorrir. os gestos eram serenos e de procura. ele só queria alguma companhia.
começo achar que realmente “andamos” perdidos e com uma enorme necessidade de nos encontramos ou de talvez sermos encontrados.
lembro-me que tudo começou com um pão e acabou com um abraço.
nunca mais me vou esquecer do sorriso do abstrato. 

disse-me que eu lhe fazia lembrar a Maria de Medeiros.
mas eu esqueci-me de lhe dizer que ele a mim me fez lembrar o Fernando Pessoa.
tenho a certeza que ele iria gostar. :)





3 comentários:

  1. Alto blog. Vou seguir...
    Olha, na biblioteca digital do D.N saiu um conto do J.P Simões.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. sim, eu sei nuno. Ando a seguir :) sempre que posso leio. Já leste A Boneca de Kokoschka do Afonso cruz? comprei para ler.

      Eliminar
  2. Não. Só li "Jesus Cristo bebia cerveja" e amei aquilo.

    ResponderEliminar