terça-feira, 25 de outubro de 2011

sinto-te casa.

Acabo de estacionar o carro. 
Abro a porta e saio rapidamente na esperança de não me atrasar.
Agora, com mais regularidade  frequento o meu verdadeiro lar.  
Observo aquela pequena praça mesmo em frente de casa, onde da imaginação tudo criava…
As escadas possuem canteiros de ambos os lados, e é na primavera que brotam as mais lindas flores, preenchendo tudo com vida e cor.
Esse cheiro que surge das paredes brancas é do vinho do avô que está na arrecadação.
Sempre gostei mais do aroma desse elevador porque é forte e intenso. Percorre-me de tal forma pelas narinas, sentindo como se de repente entrasse numa “ máquina do tempo” em que o passado ausente de um modo fugaz se apressa, este leva-me até as mais belas e remotas lembranças. Estas que sinto bem presentes e se apoderam da mente, como lapas de uma rocha.
Adoro.
Pois é único.
Estão bem intrínsecas, firmes, seguras.
E mesmo que as tentem arrancar, inspiro para sentir tudo de novo a converter...
a mudar.

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