by: Ana luz
congelei da cabeça aos pés. o nó no estômago voltou. ohhh, não!!
sentei-me logo no que estava ao lado, admirando esse.
honestamente nem tive coragem de me sentar no "teu". certamente alguém deve ter notado a expressão de nostalgia que se instalou em mim. também não era para menos. o melhor foi não dizer nem uma palavra. não conseguia sequer parar de o contemplar. imaginando o que vivi. sem ninguém para ver passei a mão ao de leve só mesmo para me certificar. o tecido e a cor eram os mesmos. não restavam dúvidas naquele momento. apenas memórias e recordações. nunca foi tão bom "viver" num sofá. mesmo o breve e curto espaço de tempo nele passado, foi o insuficiente. mas talvez o suficiente para compreender como era saboroso e formidável adormecer nele sem roupa ou até mesmo só de manta. sim! como uma tentação incontrolável de todas as vezes que me sentava ou deitava sobre ele. o conforto nada significava. não importava. pois a todo o momento e a toda a hora se habitava nele. em mim deixava o fascínio e a certeza que eras tu quem amava naquele momento e naquela hora. as noites eram sublimes. os aromas pairavam no ar tão presentes como perfume acabado de aplicar. a alegria espalhava-se entre paredes. a música a nossa confidente. adorava deitar-me entre as tuas pernas e assim se passavam as horas. ora num silêncio erótico carnal, ora num adormecer confiante e seguro. era perfeito para nós este inocente sofá.
tão inconfundível aos meus olhos como uma certeza óbvia de que fui muito feliz nos tempos que vivi nele.
Há certas recordações que nos provocam uma tristeza repleta de alegria...
ResponderEliminarentão quando achamos que já se foram, é quando se revelam ainda mais presentes.
Eliminarbem...sem palavras... :) *
ResponderEliminarCSerra obrigada querida :)*
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