terça-feira, 28 de agosto de 2012
para todos os dias
brinco entre os dias deste deserto
abandonado. deixo que o calor reine de forma aquecer esta alma que vive ao
sabor do vento. a direção, essa não existe. arrasto comigo as manhãs até a
noite se cansar. a velocidade a que respiro
torna-se na minha duração dos dias. com ela converto o meu espaço em tempo . das
cores decoro toda a intensidade. dos sons engulo como um volume agudo que penetra
em mim ao ponto de me asfixiar de prazer. imortalizo imagens que as torno
eternas. revivo aromas de locais e
ambientes secretos. quando penso em esquecer o mínimo não me é permitido, pois
o coração, esse não sabe ignorar. acrescento mais um paladar até dele brotar um
novo sabor. alcanço aquele e outro olhar até não existir mais nada para
contemplar. amparo gestos como forma de ternura conduzindo ao afeto. mais tarde já o baptizo de amor. neste pequeno
deserto existe de tudo um pouco. não é nenhum retiro de emoções, mas sim uma solidão de
sensações que me sustenta e alimenta até a noite se cansar e surgir um novo horizonte onde possa novamente viver a imaginar.
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